Imagine um mundo onde as tecnologias não apenas facilitam nossas vidas, mas redefinem o que é possível. O ano de 2023 traz um marco nesse cenário, com inovações que parecem saídas de um filme de ficção científica.
Essas inovações não são apenas avanços técnicos; mas reflexos de nossa capacidade humana de sonhar e criar. E é essencial que estejamos informados e prontos para abraçar as mudanças que elas trarão.
Afinal, elas têm o potencial de redefinir não apenas como vivemos, mas também como percebemos o mundo ao nosso redor.
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Conheça as 10 tecnologias emergentes que estão prestes a transformar nosso cotidiano.
Índice
- Relatório Top 10 Tecnologias Emergentes de 2023
- 1. Baterias flexíveis: conheça as baterias que dobram e esticam!
- 2. Inteligência artificial gerativa: como ela está moldando nosso futuro
- 3. Combustível de aviação sustentável: como estamos voando rumo a um futuro mais verde
- 4. Fagos projetados: como estamos usando vírus para melhorar nossa saúde
- 5. Metaverso para saúde mental: como o mundo virtual pode ajudar a nossa mente
- 6. Sensores vestíveis de plantas: a revolução da agricultura moderna
- 7. Ômica Espacial: a revolução na ciência da vida
- 8. Eletrônicos Neurais Flexíveis: o futuro da conexão Humano-Tecnológica
- 9. Computação sustentável: como a tecnologia está combatendo a crise ambiental
- 10. Assistência médica facilitada por IA: como a IA está transformando o atendimento médico
- Inovações tecnológicas x aspirações e realidades
Relatório Top 10 Tecnologias Emergentes de 2023
Fruto da colaboração de mais de 90 especialistas de 20 países, o relatório Top 10 Tecnologias Emergentes de 2023, publicado pelo Fórum Econômico Mundial em parceria com a Frontiers Media, nos oferece uma janela para o amanhã, destacando as tecnologias que prometem revolucionar diversos setores da sociedade.
Entenda o que essas inovações significam para nós e como elas podem mudar nossa vida nos próximos 5 anos:
1. Baterias flexíveis: conheça as baterias que dobram e esticam!
Já imaginou um mundo onde sua tela de computador possa ser enrolada como um jornal ou onde sua roupa pode carregar seu celular?
Parece coisa de filme de ficção, mas esse futuro está mais próximo do que você imagina!
Esqueça aquelas baterias pesadas e rígidas que estamos acostumados. As novas baterias flexíveis são leves, fininhas e podem ser torcidas, dobradas e até esticadas! Isso mesmo, elas se adaptam às nossas necessidades.
Elas são super modernas e usam materiais como íon-lítio ou zinco-carbono. E o mais legal é que elas podem ser “impressas” em tecidos flexíveis, como fibras de carbono ou até mesmo em roupas. Graças a elas, muito em breve, sua camiseta também será uma fonte de energia!
Além de serem super práticas, elas permitem muitas aplicações. Podem ser usadas em relógios inteligentes, sensores de saúde que você veste e até em telas que dobram.
Imagine um mundo onde seu médico pode monitorar sua saúde à distância, graças a um sensor alimentado por uma bateria flexível na sua roupa. Ou ainda, jaquetas que aquecem no inverno, tudo graças à energia de uma bateria no tecido.
A expectativa é que o mercado de baterias flexíveis cresça muito nos próximos anos. Grandes empresas, como Apple, Samsung e LG, já estão investindo pesado nessa tecnologia.
E o mais interessante é que ainda há muito espaço para novidades e inovações.
2. Inteligência artificial gerativa: como ela está moldando nosso futuro
A IA Gerativa é um tipo super avançado de Inteligência Artificial que cria conteúdos novos e originais. Ela aprende padrões em dados usando métodos super complexos inspirados no nosso cérebro.
Atualmente, essa tecnologia cria textos, programas de computador, imagens e sons. Mas, acredite, ela pode fazer muito mais!
Imagine usar essa IA para criar remédios novos, projetar prédios ou até mesmo móveis e eletrodomésticos.
A NASA, por exemplo, está usando essa tecnologia para criar instrumentos espaciais mais leves e rápidos. E não para por aí! Ela pode até ajudar a criar alimentos e teorias científicas novas.
Alguns estudantes já estão usando essa tecnologia para aprender de um jeito personalizado, que se adapta ao ritmo de cada um.
No ambiente de trabalho, modelos de IA, como o ChatGPT, estão ajudando a aumentar a produtividade.
Uma das grandes novidades é o AutoGPT, uma IA que toma decisões importantes sozinha. Ela divide grandes tarefas em menores e usa ferramentas como pesquisas na internet.
Apesar disso, a responsabilidade torna-se cada vez mais essencial, já que para confiarmos de verdade na IA Gerativa, ela precisa seguir padrões éticos e profissionais.
Precisamos ter cuidado com possíveis preconceitos e garantir que a privacidade das pessoas seja respeitada. Além disso, é importante que todos saibam como ela funciona e quais são seus objetivos.
Com os controles certos, a IA Gerativa pode nos dar mais tempo para sermos criativos, mostrar os limites do nosso conhecimento e nos desafiar a pensar fora da caixa.
3. Combustível de aviação sustentável: como estamos voando rumo a um futuro mais verde
Você sabia que a aviação é responsável por 2-3% das emissões globais de CO2 todos os anos?
Diferente dos carros, os aviões precisam de combustíveis com muita energia para voar longas distâncias. Além disso, trocar toda a frota de aviões por modelos mais sustentáveis custa caro e leva tempo. E, até agora, aviões elétricos ou movidos a hidrogênio ainda não são uma realidade para voos longos.
A boa notícia é que existe uma solução que não exige grandes mudanças na infraestrutura atual: Combustível de Aviação Sustentável (SAF)
Ele é produzido a partir de recursos biológicos, como biomassa, e não biológicos, como CO2. Combinado com outras estratégias, o SAF pode ajudar a indústria aérea a reduzir suas emissões de carbono nas próximas décadas.
Atualmente, o SAF representa menos de 1% do combustível de aviação usado no mundo. A boa notícia é que a produção está aumentando e muitas companhias aéreas já estão comprometidas a usar esse combustível.
Já existem nove tipos de SAF aprovados para serem misturados com o combustível tradicional. O primeiro, aprovado em 2009, é feito a partir de um gás chamado syngas. O segundo, aprovado em 2011, vem de óleo vegetal e gordura animal. E muitos outros estão sendo desenvolvidos, inclusive com a ajuda de bactérias modificadas!
Em 2023, um grupo no Reino Unido planeja fazer o primeiro voo transatlântico neutro em carbono usando apenas SAF. Isso mostra o potencial dessa tecnologia e nos deixa mais perto de um futuro com aviões mais sustentáveis, possibilitando viagens aéreas mais ecológicas, beneficiando o planeta e, possivelmente, reduzindo custos para os passageiros.
4. Fagos projetados: como estamos usando vírus para melhorar nossa saúde
Você sabia que o número de micróbios em nosso corpo é tão grande quanto, ou até maior que, o número de nossas próprias células? Essa comunidade de micróbios é chamada de microbioma, e ela tem um papel super importante na nossa saúde e na de animais e plantas.
Graças à ciência, agora podemos “mexer” no microbioma para melhorar nossa saúde e até a produtividade na agricultura. E a ferramenta chave para isso são os fagos – vírus que infectam bactérias específicas. Quando um fago infecta uma bactéria, ele insere suas informações genéticas nela. E o mais legal é que podemos modificar essas informações para fazer a bactéria trabalhar para nós!
Os fagos projetados estão mostrando um grande potencial para tratar doenças relacionadas ao microbioma. Por exemplo, existe uma condição rara, mas grave, chamada síndrome hemolítica urêmica (HUS), causada por uma bactéria E. coli específica. Cientistas modificaram um fago para atacar essa bactéria e reduzir os sintomas da HUS. E os resultados são promissores!
E tem mais! Essa técnica já está sendo testada em animais e plantas. Os fagos estão sendo usados para melhorar o crescimento do gado, tratar doenças em plantas e até eliminar bactérias perigosas nos alimentos.
Empresas como a Locus Biosciences estão usando fagos modificados para combater bactérias resistentes a antibióticos. E a Eligo Biosciences está usando uma abordagem semelhante para tornar certas bactérias menos perigosas. Desde 2020, já foram iniciados 29 estudos clínicos relacionados a fagos!
5. Metaverso para saúde mental: como o mundo virtual pode ajudar a nossa mente
O metaverso refere-se a espaços virtuais compartilhados, criados e habitados por usuários. Imagine um mundo digital, onde você pode entrar usando realidade virtual ou aumentada (AR/VR) e interagir com outras pessoas como se estivesse lá pessoalmente.
Recentemente, o principal médico dos Estados Unidos chamou a atenção para o uso excessivo de telas e redes sociais, que pode afetar nosso bem-estar psicológico. Em contra partida, se usadas de forma responsável, essas ferramentas podem ajudar a combater a crescente crise de saúde mental.
Com a pandemia de COVID-19, os problemas de saúde mental aumentaram muito. E aqui entra o metaverso como uma solução inovadora. Imagine poder ter uma consulta com um terapeuta em um ambiente virtual relaxante ou participar de uma sessão de meditação guiada em uma praia digital.
Já existem jogos que ajudam no tratamento de depressão e ansiedade, como os criados pela DeepWell Therapeutics. E outras empresas, como a TRIPP, estão criando espaços virtuais focados no bem-estar.
A tecnologia está evoluindo para tornar a experiência no metaverso ainda mais real. Por exemplo, o dispositivo Emerge Wave 1 usa ondas ultrassônicas para simular o toque, melhorando a interação social. E tem mais: fones de ouvido da Neurable podem medir emoções e ajustar músicas de acordo com o seu estado emocional.
O metaverso tem um potencial incrível para ajudar no tratamento e prevenção de problemas de saúde mental sem que o paciente precise sair de casa.
6. Sensores vestíveis de plantas: a revolução da agricultura moderna
Você já parou para pensar em como a tecnologia pode ajudar a alimentar o mundo? Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, precisaremos aumentar a produção de alimentos em 70% até 2050 para alimentar toda a população mundial. E a tecnologia pode ser a chave para esse desafio!
Antigamente, os agricultores monitoravam as plantações através de testes de solo e inspeções visuais, o que era caro e demorado. Mas a tecnologia avançou! Primeiro, começamos a usar dados de satélites para monitorar grandes áreas de terra. Agora, drones e tratores equipados com sensores nos dão informações ainda mais detalhadas sobre as condições das plantações.
A novidade mais empolgante são os sensores vestíveis para plantas. São pequenos dispositivos que são colocados diretamente nas plantas e monitoram coisas como temperatura, umidade e níveis de nutrientes. Com essas informações, os agricultores podem otimizar a produção, usar menos água e fertilizantes e detectar doenças mais cedo.
Empresas como Growvera e Phytech desenvolveram sensores em forma de agulhas que são inseridos nas folhas ou caules das plantas. Esses sensores medem a resistência elétrica da planta e enviam os dados para um computador ou celular. Assim, os agricultores podem saber exatamente o que cada planta precisa e fazer intervenções precisas.
Em contrapartida esses sensores podem ser caros e a interpretação dos dados pode exigir conhecimento especializado. Mas, com o avanço das ferramentas de análise de dados, os agricultores poderão tomar decisões mais informadas sobre o manejo das plantações.
Os sensores vestíveis nas plantas têm o potencial de revolucionar a agricultura. Eles podem ajudar os agricultores a otimizar a produção, reduzir desperdícios e minimizar o impacto ambiental da agricultura. E o mais importante: ajudar a alimentar um mundo em crescimento.
7. Ômica Espacial: a revolução na ciência da vida
A Ômica Espacial combina técnicas avançadas de imagem com sequenciamento de DNA para mapear processos biológicos no nível molecular.
Imagine juntar super câmeras que tiram fotos do nosso interior com uma espécie de “GPS” que nos mostra onde cada coisa acontece em nossas células.
É mais ou menos isso que a ômica espacial faz! Ele nos permite ver o que acontece dentro de nós em detalhes incríveis.
Graças a essa técnica, os cientistas estão criando verdadeiros “mapas” das nossas células. Isso nos ajuda a entender melhor como nosso corpo funciona e até mesmo a descobrir coisas novas sobre animais e plantas.
Por exemplo, usando a ômica espacial, descobrimos coisas incríveis sobre como o cérebro de um tipo de salamandra se regenera e como certos neurônios podem ajudar na recuperação após lesões na coluna.
E tem mais: essa técnica também está nos ajudando a entender melhor doenças complicadas, como o Alzheimer, e até mesmo os efeitos do coronavírus em nosso corpo.
8. Eletrônicos Neurais Flexíveis: o futuro da conexão Humano-Tecnológica
Já imaginou controlar máquinas apenas com seus pensamentos? Parece coisa de filme de ficção, mas essa realidade está mais próxima do que você imagina.
AsInterfaces Cérebro-Máquina (ICMs) são dispositivos que capturam os sinais elétricos produzidos pelo nosso cérebro e os transformam em instruções que um computador pode entender. Isso significa que, no futuro, poderemos controlar dispositivos apenas com nossos pensamentos!
Acredite ou não, já estamos usando sistemas parecidos com ICMs em algumas áreas da medicina. Por exemplo, pacientes com epilepsia e pessoas que usam próteses neurais (como braços robóticos) já se beneficiam dessa tecnologia.
Mas nem tudo são flores. Os dispositivos atuais são feitos de materiais rígidos, como os chips dos nossos celulares. Isso pode causar desconforto e cicatrizes no cérebro. Além disso, com o tempo, esses dispositivos podem se mover, o que diminui a precisão dos sinais capturados.
A boa notícia é que pesquisadores desenvolveram circuitos flexíveis e biocompatíveis que se adaptam ao cérebro. Isso reduz os problemas de cicatrizes e movimentação. E o melhor: esses circuitos flexíveis podem estimular milhões de células cerebrais ao mesmo tempo!
Com esses avanços, poderemos entender melhor doenças como demência e autismo. Além disso, as ICMs flexíveis podem melhorar o controle de próteses neurais.
9. Computação sustentável: como a tecnologia está combatendo a crise ambiental
Você já parou para pensar no impacto ambiental de uma simples pesquisa no Google? Pois é, os centros de dados que tornam isso possível estão consumindo cada vez mais energia.
Atualmente, os centros de dados consomem cerca de 1% de toda a eletricidade produzida no mundo. E com a crescente demanda por serviços de dados, esse número só tende a aumentar.
A boa notícia é que estamos caminhando para torna-los mais “verdes” e eficientes com algumas soluções inovadoras:
- Resfriamento Líquido: Uma das principais questões dos centros de dados é o calor gerado. Para resolver isso, estão sendo desenvolvidos sistemas de resfriamento líquido que usam água ou coolants especiais. E o melhor? O calor excedente pode ser reaproveitado para aquecer casas, como já está sendo feito em Estocolmo.
- Inteligência Artificial (IA): A IA está sendo usada para otimizar o uso de energia em tempo real. A empresa DeepMind, por exemplo, conseguiu reduzir em até 40% o consumo de energia nos centros de dados do Google usando IA.
- Infraestrutura Modular: Sistemas como computação em nuvem e edge computing permitem que o processamento e armazenamento de dados sejam distribuídos por vários dispositivos e locais. Isso torna os centros de dados mais flexíveis e eficientes.
- Arquiteturas Inovadoras: Estão surgindo novas arquiteturas de computação, como sistemas em um chip, que são mais eficientes em termos de energia.
Com todas essas inovações, o sonho de ter centros de dados com zero emissão de carbono está se tornando uma realidade. Ao combinar diferentes abordagens e tecnologias, podemos esperar um futuro mais sustentável para a indústria de dados.
10. Assistência médica facilitada por IA: como a IA está transformando o atendimento médico
Um dos grandes problemas nos sistemas de saúde é o longo tempo de espera para atendimentos. E acredite, muitas vezes, o problema não é falta de recursos, mas sim a dificuldade de acesso a eles.
A Inteligência Artificial (IA), junto com técnicas de aprendizado de máquina (ML) e análise de dados, está ajudando a melhorar o acesso dos pacientes aos tratamentos.
Um exemplo disso é a empresa Medical Confidence, que conseguiu reduzir drasticamente o tempo de espera para tratamentos, em alguns casos de meses para apenas algumas semanas!
A revolução da IA na saúde pode ser ainda mais impactante em países em desenvolvimento, onde muitas vezes falta infraestrutura e profissionais de saúde. Ferramentas inteligentes, como sistemas baseados em IA para leitura de dados radiológicos, são um primeiro passo para melhorar o atendimento em lugares onde ele é insuficiente.
Por exemplo, na Índia, um país com uma população dispersa de mais de 1,4 bilhão de pessoas, a IA pode ser uma grande aliada.
Nesse sentido, a Inteligência Artificial está mostrando seu poder no setor de saúde, otimizando processos, reduzindo tempos de espera e levando atendimento médico a lugares antes negligenciados. Com sua contínua integração, a esperença é de que o futuro seja mais promissor para a saúde global.
Inovações tecnológicas x aspirações e realidades
Mais do que apenas inovações, essas tecnologias são reflexos de nossas aspirações, desafios e esperanças para o futuro.
Enquanto nos preparamos para abraçar essas mudanças, é vital que façamos isso com consciência e responsabilidade, garantindo que elas sejam usadas para o benefício de todos.
Em um mundo em constante mudança, uma coisa é certa: o futuro promete ser brilhante e cheio de possibilidades.
Agora você tá sabendo!
REFERÊNCIAS:
Artigo: Top 10 Emerging Technologies of 2023
Autores: World Economic Forum, Frontiers Media S.A.
Fonte: https://www3.weforum.org/docs/WEF_Top_10_Emerging_Technologies_of_2023.pdf